domingo, 30 de março de 2008

Merdas da Vida

2 observações sobre as parvidades que escrevo!
O que é que se faz perante o turbilhão de sentimentos que te rodeiam, num mundo onde nem sequer os consegues controlar?
O que é que se faz quando sentes um carinho de tal forma incondicional por alguém, e sentes a necessidade de protege-lo de tudo e todos, só desejando a sua felicidade?
O que é que se faz quando entras num mundo que não queres nem conheces como teu?

terça-feira, 18 de março de 2008

Voo

0 observações sobre as parvidades que escrevo!
Uma palavra basta para nos levar do céu á terra em pouco minutos. São essas palavras que eu agradeço, e são essas palavras que me permitem restabelecer o controlo que nunca devia ter perdido.
É giro perceber, como mesmo depois dessas palavras, só se restitui o controlo e perde-se confiança, e aquilo que mais queria reaver não consigo. Não consigo, porque afinal foi alguma coisa que perdi á muito tempo, á tanto tempo que já nem sei qual a forma daquilo que perdi.
O turbilhão de sentimentos que me persegue divide-me, mas sobretudo sinto-me estúpida, estúpida por aquilo que disse, e por aquilo que fiz. Porque afinal quando ainda tinha controlo sobre mim própria permitia-me fazer de tudo um pouco sem sequer sentir.
Apesar de tudo continuo a saber que não vou deixar de fazer o que fiz ou o que faço, porque, e apesar de tudo no final do dia, o que restam são recordações, simples recordações de uma pequenina vida que nunca teve razão de existir.

segunda-feira, 17 de março de 2008

A insustentável leveza do ser

4 observações sobre as parvidades que escrevo!
Engraçado como uma conversa sincera pode mudar muita coisa!Coisas que eventualmente não queremos mudadas, mas que á força de gestos e palavras, acabam por superar o limite das nossas forças, numa tentativa de saltar por entre o complexo de sentimentos e torná-los muito simples.

Saudade é o ar que vou sugando e aceitanto...

Estou a percorrer um caminho cada vez mais tortuoso, onde perco o controlo a cada irregularidade do terreno, aquele controlo que eu achava tão precioso, e que me ajudava a caminhar direita sobre a aridez do terreno que tenho que pisar.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Mar de Chamas

0 observações sobre as parvidades que escrevo!
Estou tão cansada, sinto-me como se caminhasse por entre um mar de areia escaldante, que me queima os pés e a alma.
Tento lutar contra aquilo que sinto, aquilo que não sinto, contra aquilo que me rodeia, aquilo que me mata, aquilo que me consome.
Às vezes é tão difícil continuar a andar sobre a chama, queria parar, cair, levantar-me e andar de novo, até ao oásis, até ao tão aclamado oásis que teima em não acudir.
A miragem chega a ser uma cruel ilusão que me tortura a cada movimento, a cada passo a cada olhar, e que se desvanece assim que me aproximo.
Mal consigo levantar os pés para prosseguir a caminhada até… não sei até onde, até ao fim do infinito deserto escaldante, que me mata e me consome.
A minha alma tem sede, sede de água, sede de sangue, sede de vida, sede de lágrimas, sede de chuva, sede.
Olho em redor, não vejo ninguém, não consigo ver ninguém no que parecem ser quilómetros de chamas saídas das áridas paisagens deste deserto. Só vejo vermelho, vermelho de sangue, vermelho de ódio, de ódio, que sentimento feio, ódio, não conheço esse sentimento, ódio, nunca ninguém me ensinou o que era o ódio.
Não consigo sentir, a minha alma está demasiado cansada de sentir, ou de não sentir, não sei.
Olho para o céu, está tão escuro…um céu negro no meio de um deserto vermelho e escaldante, quero que chova, mas nem uma gota para acabar com a minha agonia, com a minha sede.
À minha frente caiu um raio, um raio prateado que penetrou na escaldante areia do deserto vermelho. Não me acertou por pouco, mas de repente, chuva, chuva vermelha, gotas de sangue vindas de um céu negro. Gotas abrasadoras que queimam a areia escaldante, e que me queimam a mim.
Dói, dói muito, sinto o corpo a arder, sinto a alma a arder, cada gota é uma pequena tortura, num mar de torturas maiores que me consomem.
De tanta dor já nem sinto nada, quero chorar mas as lágrimas não caiem, estão presas, tento arrancá-las dos meus olhos mas não caiem, puxo mas não caiem.
Caminho mais um pouco, com uma réstia de esperança de vislumbrar a saída do deserto infinito que teimo em percorrer, mas ela não aparece. Não vai aparecer. Quero alguém que me resgate desta pequena tortura pessoal, alguém que me ensine o caminho que leva ao fim do deserto, do infinito deserto que teimo em percorrer.
Não consigo sair sozinha, é tão longe a saída, já não tenho força para andar…quero alguém que me liberte desta prisão, deste inferno de Dante, do inferno de Dante que criei para mim.

Nana