Ora ia a Naninha muito descansada apanhar o autocarro, quando passa por uns quantos gatos vadios...Ora apaixonada por gatos como eu sou, disse logo (mais alto do que era suposto): "Oh gatinhos!".
Pois é ao que parece ia uma senhora ao meu lado que ouviu, e apressou-se logo a meter conversa (coisa que eu dispensava porque não gosto de ser simpática com estranhos). Tão não é que a boa da senhora começou para ali a dizer que se devia fazer alguma coisa em relação aquilo, que noutros países havia gaties e que os gatos eram bem tratados, que nos os jovens é que devimos fazer alguma coisa em relação aquilo, beke beke lalala!!!!
Oh minha senhora, por mais que eu goste de gatos, e acredite que gosto mesmo muito, em primeiro lugar eu não tenho poder para fazer nada e em segundo lugar há coisas muito importantes para resolver antes de dar abrigo aos gatinhos(que na minha ideia até se desenrascam muito bem, não precisam da nossa ajuda).
Mais depressa me mexeria para ajudar famílias no limiar da pobreza do que me vou mexer para ajudar os gatos.
Eu sei que parece cruel estar a dizer isto desta maneira afinal os pobres dos animais não têm culpa nenhuma. Mas acreditem os gatos que eu vi hoje não eram mal tratados, até lhes dão comida e água todos os dias...há muita gente que não tem a mesma sorte!
Bem mas estava eu muito distraidamente a pensar no infortúnio dos pobres gatos, quando chego á cidade universitária e me deparo com a seguinte situação:
A paragem estava totalmente adornada com anúncios ao novo bongo de morango!
Ao que parece Lisboa hoje está cheia de anúncios nas paragens de autocarro, são poucas as que não têm anúncios ao bongo de morango.
Mas na cidade universitária????
Onde é que a empresa de planeamento de meios estava com a cabeça quando decidiu por na cidade de universitária o anúncio e mais uma data de paneleirices a adornar a paragem???
Será que eles pensam mesmo que os estudantes bebem suminho????
Um anúncio à super bock, à sagres, ou a outra qualquer bebida alcoólica compreendia-se mas a bongo?E de morango?
A menos que seja uma boa bebida para juntar com vodcka ou absinto não vejo qual seja o interesse por parte da comunidade estudante em saber que o bongo tem um novo sabor.
Mudar de Blog.*
Há 14 anos
Mensagens
2 observações sobre as parvidades que escrevo!:
Não aguentei e tive mesmo que gastar algum do meu precioso tempo para responder ao parágrafo dos gatos e gaties (amei esta palavra). Bem, ponto acente é que nem todos pensamos da mesma maneira. Mas outro ponto acente é que ainda existe liberdade de expressão e por isso cá vai, dirigido a todas as pessoas que pensam como tu: de facto muito boa gente chega à hora das refeições e não tem a sorte de ter comidinha na mesa. Pois é! E por certo, também não têm ninguém que os trate, alimente ou mate a sede. Mas vejamos bem as coisas... muitos deles têm bom corpinho para trabalhar, para ganhar os seus trocos e para matar os seus vícios (até mesmo a fome... ou a sede!). Desculpem lá, mas nem que seja arrumar carros ou ir ali para a reta de Pegões fazer pela vida para poder alimentar os filhos que tem em casa e que teve habilidade para arranjar. Por outro lado, os gatos (que se reproduzem aos milhares por mês, por todo o país), infelizmente não têm corpinho para trabalhar e para dar ao litro. Graças a Deus que ainda existem almas caridosas (humanos sim, mas só alguns) que alimentam e tratam de engordar estes bichinhos, que dedicam algum do seu tempo a eles e que muitas vezes lutam arduamente para travar o flagelo da procriação destes animais. Sim, flagelo da procriação... e agora não me refiro aos que são bem tratados e que têm quem os ame. Refiro-me mesmo àqueles que são vítimas de abandono, de maus tratos, de fome, de afogamento ao nascimento, de práticas de vudu nas quais muitas vezes ficam cegos, sem uma pata, com um corte fundo por onde lhes sai o pénis, ou que "simplesmente" lhe cortam as orelhas ou o rabo...O mais engraçado no meio disto tudo (sem graça nenhuma, é mais de ir às lágrimas), é que os ditos humanos que praticam tais actos sem dó nem piedade, são precisamente aqueles a quem vocês pensam que algum dia até poderiam dar a mão e ajudar. São na sua maioria os que não trabalham, não têm comida na mesa, e não têm amor próprio quanto mais capacidades para ser fiel a um animal que simplesmente o venera. Sim, venera!
Naninha, sem dúvida que me inspiraste ou não fosse este um tema que simplesmente me atormenta e pelo qual faço por mover montanhas. (não tens que aceitar o comentário, ler já é bom)***
É oficial, fiquei com a consciência pesada...Agora fiquei a pensar nos gatos e numa form de ajudá-los.
Vamos lá ver o que é que sai...
Enviar um comentário