terça-feira, 20 de maio de 2008

Chuva Obliqua

Estou tão cansada. Tão cansada de tudo, e de nada…Já não consigo fazer isto, a sério que não consigo.
Desde que acordo até que adormeço, luto tanto, luto por não pegar no telemóvel, luto por não pensar em quem não quero, luto por não deixar cair uma lágrima sequer. E de cada vez que faço alguma destas três coisas, tenho que recomeçar a contagem, como se estivesse nos alcoólicos anónimos:
“Olá, eu sou a Ana, comecei a lutar á uma semana, mas hoje tive uma recaída…”
Mas que luta é está??? Já chega, eu não quero mais, a sério…
Dói tanto!
Está a chover, até a própria natureza está zangada comigo…será que está tão zangada quanto eu?
Acho que já posso fechar mais um capítulo, nesta história que parece interminável, e que inevitavelmente, se torna repetitiva. O final é sempre tão igual, a única coisa que muda é a duração de cada capítulo, e a história que conduz á ultima linha. A dúvida que fica é se o livro termina por aqui…
Está tão difícil terminá-lo…
Como é possível que acabe sempre tudo da mesma maneira? Sério, não entendo… queria muito entender, mas não entendo.
Se calhar desta vez a culpa até foi um bocadinho, minha!
Neste momento é tudo um grande mar de incertezas. E de vez em quando sou assaltada por flashbacks, o que mais me irrita, é que são todos de momentos bons.
Nunca recordamos mesmo os momentos maus… mas agora queria muito recordá-los, talvez me ajudassem a sentir um bocadinho da tão ansiada paz.
O que escrevo quase que não faz sentido, mas quanto mais escrevo, mais percebo que chegou mesmo mais um fim.
Por segundos sinto-me aliviada, para logo a seguir sentir a dor atroz.
Ai, odeio sentir-me assim tão vulnerável, tão exposta, tão humana.
Não era suposto ser assim, não era suposto doer tanto, eu nem sequer gostava dele, pelo menos não como antes…
A verdade é que nunca deixei sequer de gostar, por mais que isso me custe tenho que admitir. Amor não é? É essa a expressão que as pessoas costumam usar. Que feia e sem significado quando escrita, acho que só devia ser permitido dizê-la…
Já estou a divagar…
Como é possível gostar tanto de alguém que nos faz tanto mal?
É muito esquisito, mas sinceramente não me importa muito o que ele me fez, o ou que ele me faz, ou a maneira como age comigo, neste momento só me vêm á cabeça as recordações boas, e fico triste quando me lembro que já não vamos ter mais momentos bons, ou maus, já não vamos ter momentos sequer…
Tudo isto podia ser muito mais fácil, mas o D. embicou comigo, não sei porquê! Já era tempo de me deixar em paz… se nunca gostou um bocadinho sequer de mim porque é que não parou logo quando começou a namorar com a A. M.?
Eis uma das grandes questões da minha vida…
Mas não, ele gosta de me fazer a vida num inferno, não sei, acho que tem prazer nisso!
Já chega, não me apetece falar mais nisto, não me apetece escrever mais sobre isto, não me apetece sequer pensar mais nisto.
Não vou de certo perder mais tempo nenhum a pensar nisto!!!!!

Nana

2 observações sobre as parvidades que escrevo!:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

princesa, desculpa-me (L)