segunda-feira, 12 de março de 2007

Obsessões

Ser obcecada por algo, é realmente muito chato. Eu estou na fase da loucura pelo “Gato Fedorento”, e imagine-se, ela já me leva a escrever crónicas, se é que se pode chamar crónica a isto, para publicar no meu blog.
Se bem que escrever, não é tão grave quanto gastar uma pipa de massa nos dvd´s, do Gato, dinheiro esse que me tinha sido dado de prenda de anos, e que supostamente, deveria ser guardado, para investimento futuro, ou então, talvez, para comprar umas roupitas. Sim porque além de viciada em Gato Fedorento, sou completamente fútil.
Bem, mas para esta maratona de crónicas, não podia deixar de começar, com uma que mostrasse explicitamente porque é que gosto tanto do Gato.
O primeiro sketch que vi, foi na SIC Radical, e a minha ignorância em relação ao programa era tanta que antes de ter oportunidade de ver um, pensava que, não passava de uma série de animação, estrangeira. Parece um pouco estúpido não é? mas era realmente o que o nome me sugeria.
Podem então imaginar o meu espanto quando me deparei, com um sketch cómico protagonizado por dois perfeitos desconhecido, e ainda por cima portugueses.
Lembro-me que o sketch girava em torno de um chefe (Tiago Dores) e do seu subordinado (Miguel Góis). Eles estavam na empresa, onde supostamente trabalhavam, e o chefe dizia que esta estava com dificuldades financeiras… A particularidade, e o carácter cómico, recaia então, sobre a maneira como falavam um com o outro, a maioria das palavras ditas por ambos terminavam em –ing.
Na altura, embora tenha achado uma certa piada, sei que não percebi o sketch, e achei, melhor, pensei para mim que aquilo era uma parvoíce, que devia ser mais um programa de humor super estúpido, com piadas ordinárias, como as do Fernando Rocha (sem querer ofender ninguém é claro!).
Entretanto, meses mais tarde começou a ser transmitida a série Lopes da Silva, na RTP, mas de qualquer maneira, nunca me dei ao trabalho de ver.
Depois de 13 episódios a série acabou, e algum tempo depois começou a ser transmitida a repetição na RTP 2, onde passa também um programa chamado Por Outro Lado, que por acaso estava também a repetir, este á hora de almoço. Numa dessas repetições o convidado era Ricardo de Araújo Pereira, e eu tive, casualmente, a feliz oportunidade de visionar o programa. No fim da entrevista pensei: ”Espera lá! Este gajo afinal até tem cabecinha…Tenho que ver o Gato Fedorento, só naquele de ver como é que é. Pode ser que os gajos não sejam assim tão parvos.”
Como a série Lopes da Silva começou a repetir na RTP 2, aproveitei para ver, e adorei o programa, vi todos os episódios, alguns deles repetidamente…Começou o Diz Que é Uma Espécie de Magazine, e ainda não perdi um, alias, são inúmeras as vezes, que vou ao youtube, para visionar excertos de episódios, e de vez em quando, quando há “pouco” para estudar, o meu quarto transforma-se em sala de cinema, para dar lugar a maratonas de Gato Fedorento.
O que me atrai no programa é a critica social inteligente que é possível ver em cada sketch. É certo que o Contra Informação já o fazia antes. Mas pessoalmente prefiro a maneira como, esta critica é feita pelos guionistas e actores do Gato, é que além da política eles abordam muitas outras questões, que me parecem também extremamente pertinentes.
Compreendo que certas pessoas possam não gostar, daquilo que é dito e da maneira como é dito, mas é preciso não levar as coisas ao extremo, e por vezes rirmo-nos de nós próprios, daquilo que nos choca, nos magoa, e mesmo daquilo que não compreendemos, ou daquilo que pensamos compreender.

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